quarta-feira, 10 de junho de 2015

Ilusão ou, a real importância do sufixo

Frequentemente ouço/oiço falar de educação. Modelos, sistemas, metas, avaliação, formação e, permitam-me, acrescento eu, confusão.
Adoção, investigação, transição, retenção, aprovação, reprovação e, permitam-me, acrescento eu, confusão.
Terminação. À imagem de um qualquer jogo de sorte, na redação, enquanto processo de construção de um texto, palavra ou expressão, a disposição, sucessão dos elementos matriciais, prossegue a inteligibilidade, constituindo os sufixos, independentemente do tipo, um relevante instrumento do processo.
Discursos, ora vazios, porquanto isentos de densidade, conhecimento, noção da, ou do que consubstancia a ação, que se entende educativa, ou, alternativamente, demasiado axiomáticos, peço desculpa pela dimensão redutora da dicotomia, que não é, obviamente, totalmente correta, alicerçados num conjunto de verdades, tidas como absolutas, que conferem ao discurso uma dimensão dogmática de crença, traduzem, permitam-me, acrescento eu, confusão.
O Ensino, enquanto ação sistemática de transmissão, qual ciência da inventariação do que existe e das relações, múltiplas e complexas, com a razão de ser, fundamental, saber, compreender, aprender, desenvolver, ser, ser capaz, parece, muitas vezes arredado desta discussão, permitam-me, acrescento eu, confusão.
Há dias ouvi falar de educação, corrijo, a expectativa era ouvir falar de educação, não obstante, talvez por deformação, minha, obviamente, não, julgo não ter ouvido falar de educação.
Territorialização, dimensão espacial da educação, ouve-se falar. Bem sabemos que “estamos a caminho de um território marítimo 40 vezes superior ao terrestre, 97% de Portugal é mar”, talvez por tal motivo, o extraordinário poder semântico do aumentativo ão, determinará a confusão. Talvez sim. Corrijo, talvez não.
Iremos falar de educação.




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