“ Desculpe-me a
presunção, toda a vida achei que o silêncio tem cor, cheiro, temperatura,
gosto, e, por isso, o que gostava mesmo era de ser o silêncio que fica.”
In Diário de um
Psiquiatra, Revista do Expresso, 11.abril.2015
Recordamos
momentos, vivências, alegrias, euforias/evocamos tempos/vividos, experienciados,
conhecidos, consumidos./ Vivemos o tempo/presente, legado, subsequente,
condicionado/por ele/já ausente, esgotado/tão presente, porque lembrado./ Somos
nós, animados, desanimados, sós, acompanhados/somos nós, presentes, ausentes,
ruidosos, calados/interventivos, passivos, somos nós./ Carregamos memórias,
histórias, vitórias/derrotas./ Somos nós/hoje/resgatados, altivos,
vergados/roubados ao tempo, ausente/determinante, tão presente./ Somos
nós/hoje/ maduros, privilegiados/porque, mesmo sós, estamos sempre
acompanhados.
À Avó
Leopoldina/ Ao(s) silêncio(s) que fica(m)
Ausência - Jorge
Ventura