“ Eu
sou o caminho, a verdade,…”; “ Eu sou a luz do mundo…”.
Num
acesso de leviandade e corrupção da minha condição de homem e cidadão, que tomo
como um momento de distração, pensei subordinar o pequeno texto que, agora,
redijo, ao título, Eu Quero,….
Esse
momento, não obstante traduzir um episódio de limitada duração, representou um,
mais um, dos inúmeros alarmes que, recorrentemente, me confrontam com a
banalidade que me carateriza e, que tento, também reiterada e pretensiosamente,
contrariar.
De
imediato, porquanto a autoridade do eu, não ignorando a singularidade que lhe
está associada, é prerrogativa dos homens únicos, corrigi a intenção,
alterando, decorrentemente, o início do texto.
Ouso,
assim, evocar duas expressões que, sendo para mim axiomáticas, foram enunciadas
num tempo onde todas as hierarquias humanas vigentes foram subvertidas.
“ Os últimos
serão os primeiros…”.
A
realidade com que nos confrontamos quotidianamente, experienciada ou percecionada
através dos diferentes suportes de difusão de informação, traduz, frequentemente, à
imagem da minha distração, a subversão da moral social em que se alicerça a
noção ética de humanidade, de sociedade, de Homem.
A
ideia, avançada, desde logo, por alguns Filósofos da Grécia Antiga, de que é
exemplo Aristóteles, que aconselha que nos comportemos com os outros como gostaríamos
que eles se comportassem connosco, corroborada pelo Filósofo latino Séneca, que
tendo sido conselheiro de Nero, recomenda que se distribuam os lucros ao povo
da mesma forma que gostaríamos de os receber, determina que se entenda o
exercício das prerrogativas de decisão, não como a fruição do direito de
ordenar, mas como o dever de servir.
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