terça-feira, 17 de março de 2015

Educação 02


É recorrente, cíclico e repetitivo, o discurso que todos, ou quase todos, suportados na riqueza das experiências que nos vão sendo proporcionadas, nos estudos com que somos confrontados ou, ainda, na legítima proteção de interesses individuais ou corporativos, vamos garantindo, na ordem do dia, de um qualquer programa de governo, reivindicação profissional ou discussão “pública” a respeito do tema, Educação.
A natureza cíclica e repetitiva traduz, numa primeira dimensão, a dinâmica da organização político-administrativa de uma sociedade moderna e desenvolvida, como julgamos ser a portuguesa, e numa segunda dimensão, a relevância que, indiscutivelmente, a educação assume no mesmo desenvolvimento.
Assim, sendo justo reconhecer a importância do trabalho desenvolvido nas escolas, nas famílias, nas comunidades, nas organizações profissionais e político-partidárias, quer no exercício do poder adstrito a quem, legitimado pelos processos eleitorais, governa, quer no exercício da supervisão de quem, igualmente legitimado, faz oposição responsável, importa, de modo determinado, diligente e comprometido, prosseguir a correção do que, não obstante o já realizado, ainda carece de atenção, melhoria e/ou alteração.
Assistir, hoje, às assimetrias que ainda subsistem nas condições que são garantidas às nossas crianças e jovens, resultado de uma preponderância da quota-parte de responsabilidade que, preferencialmente, de modo inalienável e irrenunciável, compete às famílias, constitui prova maior do que, na prossecução da efetivação de uma sociedade justa, livre e solidária, ainda é urgente realizar em matéria de educação.



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