É
recorrente, cíclico e repetitivo, o discurso que todos, ou quase todos, suportados
na riqueza das experiências que nos vão sendo proporcionadas, nos estudos com
que somos confrontados ou, ainda, na legítima proteção de interesses individuais
ou corporativos, vamos garantindo, na ordem do dia, de um qualquer programa de
governo, reivindicação profissional ou discussão “pública” a respeito do tema,
Educação.
A
natureza cíclica e repetitiva traduz, numa primeira dimensão, a dinâmica da
organização político-administrativa de uma sociedade moderna e desenvolvida, como
julgamos ser a portuguesa, e numa segunda dimensão, a relevância que,
indiscutivelmente, a educação assume no mesmo desenvolvimento.
Assim,
sendo justo reconhecer a importância do trabalho desenvolvido nas escolas, nas
famílias, nas comunidades, nas organizações profissionais e político-partidárias,
quer no exercício do poder adstrito a quem, legitimado pelos processos
eleitorais, governa, quer no exercício da supervisão de quem, igualmente
legitimado, faz oposição responsável, importa, de modo determinado, diligente e
comprometido, prosseguir a correção do que, não obstante o já realizado, ainda
carece de atenção, melhoria e/ou alteração.
Assistir,
hoje, às assimetrias que ainda subsistem nas condições que são garantidas às
nossas crianças e jovens, resultado de uma preponderância da quota-parte de
responsabilidade que, preferencialmente, de modo inalienável e irrenunciável,
compete às famílias, constitui prova maior do que, na prossecução da efetivação
de uma sociedade justa, livre e solidária, ainda é urgente realizar em matéria
de educação.
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