sexta-feira, 27 de março de 2015

Razão

Num tempo de comemoração da ressurreição e de vitória, da vitória da vida eterna sobre a caducidade, importa, porque “a história é um espaço de maturação progressiva, o homem é indefinidamente perfectível e, o tempo é orientado de modo linear”1, reconhecer, à razão, a sublime condição de instrumento da modernidade, matriz deste tempo, deste nosso tempo, “alicerçado na razão crítica, na autonomia do sujeito, na universalidade e na laicidade”2.
Importa, ainda, não esquecer que a emancipação do indivíduo e da sociedade da tutela da religião, se alicerçou na igualdade, liberdade, fraternidade e, na separação dos poderes espiritual e temporal, consubstanciando, assim, e apenas, uma transferência de legitimidade, dando à ética espiritual de Cristo uma encarnação temporal, num espaço e, num tempo Cristão.
Perceber o contexto, conhecer a história e validar as premissas, à luz da razão, garantiu, garante e garantirá o contínuo advento de um novo tempo, tempo que é nosso, novo e passível de renovação permanente.

1Bernard Le Bovier de Fontenelle.


2Frédéric Lenoir.

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