Num
tempo de comemoração da ressurreição e de vitória, da vitória da vida eterna
sobre a caducidade, importa, porque “a história é um espaço de maturação
progressiva, o homem é indefinidamente perfectível e, o tempo é orientado de
modo linear”1, reconhecer, à razão, a sublime condição de
instrumento da modernidade, matriz deste tempo, deste nosso tempo, “alicerçado
na razão crítica, na autonomia do sujeito, na universalidade e na laicidade”2.
Importa,
ainda, não esquecer que a emancipação do indivíduo e da sociedade da
tutela da religião, se alicerçou na igualdade, liberdade, fraternidade e, na
separação dos poderes espiritual e temporal, consubstanciando, assim, e apenas,
uma transferência de legitimidade, dando à ética espiritual de Cristo uma
encarnação temporal, num espaço e, num tempo Cristão.
Perceber
o contexto, conhecer a história e validar as premissas, à luz da razão,
garantiu, garante e garantirá o contínuo advento de um novo tempo, tempo que é
nosso, novo e passível de renovação permanente.
1Bernard
Le Bovier de Fontenelle.
2Frédéric
Lenoir.
Sem comentários:
Enviar um comentário